quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso









Uma capela surgiu no povoado do Buquira após as doações de terras da senhora Anna Martins da Rocha, justamente com a finalidade de se construir uma igreja : a pequena capela, feita de madeira e taipa, que servia de Matriz de Buquira.
Em 25 de abril de 1857, a antiga capela do Buquira era elevada a categoria de Paróquia, de acordo com a lei provincial nº 40.
Em 6 de Janeiro de 1906, o humilde vigário padre Antônio Manzi, foi transferido para a paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Buquira, pertencente a Arquidiocese de São Paulo, nessa época.
O Conêgo Antônio Manzi hospedou-se inicialmente numa modesta pensão devido à inexistência de uma casa paroquial, mas tomou conhecimento que estava em construção uma residência para o novo pároco. Tomou então uma decisão importante, onde priorizou, segundo os fiéis, a casa de Deus. Demoliu a casa paroquial, ainda em construção, e aproveitou o material para iniciar uma grande reforma, sonhando em transformar a humilde igrejinha de bancos quebrados e goteiras no telhado numa ampla e moderna Igreja Matriz.
Tamanha ousadia vinha da confiança no desenvolvimento do município, que crescia a cada dia por causa das lavouras de café e atraia trabalhadores vindos de muitos lugares, principalmente os imigrantes italianos e os escravos libertos.
O Conego Antonio Manzi nasceu em 12 de janeiro1877, assumiu a Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso do Buquira em 2 de fevereiro de 1906 e faleceu causando grande lamento em toda cidade no dia 25 de fevereiro de 1960.

A História da fundação do Município de Monteiro Lobato





A Aldeia do Buquira teve o seu início em fazendas que antes pertenciam a Taubaté e Caçapava.Nessa época haviam poucos habitantes, ou seja, viviam na Aldeia: os fazendeiros com suas famílias e seus empregados. Durante muito tempo a atividade econômica predominante era a cafeicultura.
Onde hoje é centro da cidade, às margens do Rio Buquira, servia de parada aos Bandeirantes que iam em direção à Minas Gerais, em busca de ouro e pedras preciosas. Eles faziam pouso ali antes de subir as altas montanhas.
A cidade começa a tomar caráter de aglomerado urbano, segundo documentos históricos, por volta de 1853, quando latifundiários doaram parte de suas terras, derrubando matas virgens para a construção de uma capela. Ao redor da capela foi crescendo um povoado que passou a se chamar FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DO BONSUCESSO DO BUQUIRA. Alguns anos depois o povoado passou a se chamar VILA DO BUQUIRA e foi considerado um bairro rural de Taubaté.Buquira, nome indígena que em Tupi significa Ribeirão dos Pássaros. Foi ainda nomeado de CIDADE DO BUQUIRA, quando enfim passou a se chamar Município de Monteiro Lobato, em 1948, em Homenagem ao escritor José Bento Monteiro Lobato, que morou na Fazenda do Buquira, herança de seu avô, o Visconde de Tremembé. Esta época marca a emancipação política, mas pertencendo ainda a comarca de São José dos Campos. A partir do dia 26 de abril de 1948, todas as pessoas nascidas no município foram chamadas de lobatenses . E assim nasceu essa linda cidade, aninhada à Serra da Mantiqueira, abraçada ao leito do rio Buquira,e abençoada pela Nossa Senhora do Bonsucesso.
Atualmente o dia 26 de abril é considerado feriado, porque comemora-se neste dia, o aniversário da cidade, que é governada por um prefeito e pela Câmara de vereadores eleitos democraticamente pelo povo.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Projeto Recantos e Encantos de Monteiro Lobato:Uma perspectiva histórica do lugar que inspirou a maior referência da literatura infantil brasileira

Apresentação

O município de Monteiro Lobato, é um lugarzinho entre serras com pouco mais de 3000 habitantes. Uma cidadezinha pacata que possui pequenas peculiaridades como artesanato, culinária e festas típicas que caracterizam a frente turística da região. Um lugar singular de gente simples com alma ampla e sorriso cativo. Gente essa que construiu uma bela história às margens do rio Buquira, com crianças andando de pés no chão pelas ruas sem perigo, mulheres quase alquimistas na arte de preparar doces em compotas e homens que buscam na Terra o semeio que nutre a sua família.
Esse bucolismo sedutor não passou desapercebido aos olhos do ilustre escritor da literatura brasileira, Monteiro Lobato, que entre períodos da infância e parte da vida adulta, adotou a Fazenda Buquira, no município, como fonte inspiradora de suas histórias, assim como os cidadãos lobatenses, e o movimentar da pequena freguesia.
Dessa forma se entrelaçam Município e escritor, homônimos, repletos de encantos pedindo para serem explorados, descobertos, reescritos aos olhos infantis de quem acredita na beleza da simplicidade e na sua condição de fazer importante todas as histórias.

Justificativa

A população de Monteiro Lobato é contemplada com algumas personalidades que ajudam na transformação social do município, seja no exemplo dado, no trabalho que conduzem ou através da memória que sustentam sobre a cidade. Seus relatos podem ser muito ricos em conteúdos que ajudam a construir a história do lugar. A oralidade é muito importante historicamente, mas um registro é a certeza de que os fatos se preservarão e atingirão outras muitas pessoas num período posterior. Reunindo essas duas importantes características da conservação e do conhecimento cultural – oralidade e registro – foi traçado um planejamento transdisciplinar com conteúdos de história, geografia e língua portuguesa para descrever a história do município, valorizando a sua importância dentro da construção de vida dos alunos.



Objetivo geral

Ampliar o conhecimento histórico, geográfico e cultural dos estudantes em relação ao município em que estão inseridos, considerando as diferentes linguagens de expressão, como forma de construção desse conhecimento.

Objetivos específicos

1. Desenvolver a técnicas de pesquisa e registros de informação
2. Aprimorar a retórica através das entrevistas
3. Ampliar o conhecimento do aluno com relação à história da sua cidade
4. Remeter o aluno à uma visão crítica das transformações ocorridas em diferentes épocas na sua cidade
5. Capacitar os alunos para a escrita de textos estruturados
6. Apresentar o formato do gênero textual Biografia e texto informativo com foco na narrativa histórica
7. Habilitar o aluno para a escrita de textos biográficos e informativos
8. Habilitar o aluno para a leitura analítica de textos informativos e históricos
9. Inserir a noção de coerência textual a partir da divisão do texto em introdução, desenvolvimento e conclusão.
10. Desenvolver sentimentos de valorização pelo lugar onde se vive
11. Intervir, durante a escrita coletiva, auxiliando na pontuação, ortografia e paragrafação.
12. Valorizar a regionalidade através da figura do caipira
13. Habilitar o aluno para a utilização dos recursos tecnológicos e de mídia, necessários para a apresentação do produto final : fotografias, gravações, programas específicos de informática, etc...






Metodologia

1. Pesquisar a história local através de entrevistas, textos, fotos, pesquisa de campo e documentos de forma crítica e analítica
2. Fazer leituras sistemáticas, visando as informações desejadas, destacando-as para facilitar a filtragem de informações
3. Registrar através da escrita o conhecimento adquirido em relação aos objetos de estudo
4. Analisar os registros produzidos através de revisões periódicas coletivas, em duplas e individuais
5. Após a elaboração de um blog para o projeto, postar os registros revisados das informações adquiridas durante as pesquisas para que estes virem fontes permanentes de informação histórica e cultural do município
6. Produzir registros visuais artísticos( fotografias e desenhos) dos lugares e pessoas visitadas
7. Produzir um documentário do município a partir da biografia do escritor Monteiro Lobato

Produto final

Registros históricos e biográficos do município utilizando a mídia tecnológica como recurso informativo numa exposição de encerramento do projeto.

Público-alvo

Alunos do 4º ano A do ensino fundamental I







Cronograma

• Fevereiro : criação do blog e início das postagens
• Março : pesquisas a partir de registros escritos : textos, documentos
• Abril: visitas aos pontos históricos da cidade e análise de fotos
• Maio : Entrevistas e elaboração de um documentário sobre o município com a participação do Montanha Encantada
• Junho : Conclusão e avaliação do projeto enquanto processo de aprendizagem e registro histórico-cultural
• Julho : Apresentação pública do projeto na Mostra Cultural de Artes da escola ( documentário e exposição histórica e cultural de fotos e desenhos artísticos)

Dias de execução do projeto em sala de aula : Quinta-feira




Idealizadora do projeto ; Professora Adriana Pinto

Colaboradores : Coordenadora Deborah Arantes ( orientação pedagógica)
Diretora Marlene Toledo ( recursos )
Secretaria de Educação (recursos)
Professora Cristina ( Registro cultural: Moçambique e Catira)
Professora Ana Zanini ( Blog e recurso multimídia )
Professora Pamela Zanini ( Blog e recurso multimídia )
Montanha Encantada (recursos e produção do documentário)



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Recantos e Encantos de Monteiro Lobato





Recanto de olhar pacato
Filho gentil da mãe natureza
Nasce assim Monteiro Lobato
Um Município de vasta beleza

Às margens do rio Buquira: simples povoado
Foi surgindo ao redor da capela
Verdes montanhas, poente dourado
Habitantes de alma singela

Em homenagem ao ilustre escritor
Que encantou a todo Brasil
Batizou-se a cidade com amor
No dia 28 de abril

Então fez-se mestre Monteiro
Com sua vida repleta de história
Espalhados no mundo inteiro
Os seus livros estão na memória

Urupês, Jeca e o sítio do Pica Pau Amarelo
Suas obra ninguém esquece
Personagens de um Universo paralelo
Que da sua infância floresce

A querida vovó Dona Benta
Que tudo faz com o coração
Visconde que tudo inventa
Pedrinho que é pura emoção

A Cuca, Bruxa malvada
E o travesso moleque Saci
Tia Nastácia e sua cozinha encantada
Que atrai a todos daqui

Das Águas Claras do rio
O príncipe Escamado de Prata
Curupira ou Caipora sorrindo
Habitantes míticos da nossa mata

E a esperta Emília de pano
Boneca inteligente, sabida
Fala e anda como ser humano
Brinquedo criando vida!

A menina do Nariz Arrebitado
Que sonha um mundo de ilusão
Conduz a todos num sonho encantado
Através da imaginação

E assim Monteiro Lobato
Seja a cidade ou o escritor
Ficará sempre conosco
Numa relação de lembrança e amor